quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Hoje: Bento XVI tem último dia como Papa

28/02/2013 00h05 - Atualizado em 28/02/2013 00h05

Bento XVI tem último dia como Papa
Oficialmente, ele deixa o comando da Igreja às 20h desta quinta-feira (28).
Dia terá cerimônias reservadas seguida de traslado de helicóptero.

Do G1, em São Paulo



Bento XVI deixará de ser Papa nesta quinta-feira (28) às 20h (16h, pelo horário de Brasília), segundo a programação oficial do Vaticano.

A partir de então, quando passará a ser Papa Emérito, ele deve passar cerca de 2 meses no Castel Gandolfo, a residência de verão dos papas, permanecendo distante da movimentação em torno da reunião de cardeais que escolherá seu sucessor, o conclave.


Na manhã de quinta, no Palácio Papal, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, fará um pequeno discurso de despedida, e então cada cardeal poderá separadamente se despedir de Bento XVI. A expectativa é de que cerca de 100 cardeais participem deste encontro.

Depois, no Pátio de Saint-Damase, no coração do Vaticano, a Guarda Suíça carregará suas bandeiras em saudação ao pontífice.

Por volta das 13h (horário de Brasília), Bento XVI irá para o heliporto para viajar a Castel Gandolfo, que fica 25 km ao sul de Roma. Lá, ele saudará os fiéis a partir da varanda. Esta será sua última aparição como chefe da Igreja.

Nada de especial está previsto quando o relógio badalar oito horas da noite (hora local), momento em que oficialmente termina o pontificado. Ele provavelmente estará em oração na capela neste momento.

Neste horário, o pequeno destacamento da Guarda Suíça, em frente à residência, fechará a porta e colocará assim um fim ao seu serviço, reservado exclusivamente ao Papa. Mas a polícia vai continuar a garantir a segurança de Sua Santidade, o Papa Emérito.

Após os dois meses na residência de verão, o Papa Emérito vai se estabelecer em um mosteiro no Monte do Vaticano.

Última audiência pública
Em sua última audiência pública, nesta quarta-feira (27), Bento XVI disse que tem "grande confiança" no futuro da Igreja Católica e afirmou que seu papado teve "águas agitadas"

Milhares de fiéis se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, para assistir à última audiência pública do pontificado de Bento XVI.

Falando à multidão, Bento XVI afirmou que seu papado, iniciado em abril de 2005, teve alegrias, mas também muitas dificuldades. O pontífice disse que enfrentou "águas agitadas e vento contrário".

"O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor parecia dormir", disse.
Mas ele afirmou ter fé em que Deus não vai deixar a Igreja "afundar".


Assista ao lado ao resumo em português da fala de Bento XVI

"Estou realmente emocionado e vejo uma Igreja viva", disse o Papa, sempre bastante aplaudido pela multidão.

Ele voltou a afirmar que sua renúncia, anunciada de maneira surpreendente em 11 de fevereiro, foi decidida "não para seu bem, mas para o bem da Igreja", e reiterou que sabe "da gravidade e da novidade" da decisão que tomou.

"Amar a Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio", disse.

O pontífice, de 85 anos, afirmou que "não vai abandonar a Cruz" e que, pela oração, vai continuar a serviço da Igreja.

Conclave
No dia seguinte à renúncia, o cardeal Angelo Sodano enviará os convites aos cardeais eleitores -- atualmente 115 -- para as "congregações gerais" que precedem o conclave, a reunião secreta que escolhe o sucessor de Bento XVI.

Essas reuniões, durante as quais os prelados procuram definir o perfil do futuro Papa, não devem começar antes de segunda-feira.

Nas últimas semanas, os cardeais já começaram, por e-mail e por telefone, as consultas informais para decidir o nome.

Fiéis durante a última audiência papal, nesta quarta-feira (27), na Praça de São Pedro, no Vaticano (Foto: Juliana Cardilli/G1)
fonte G1

Bento XVI já não é mais o Papa; 'sou um peregrino', disse


SAPATO VERVELHO DO PAPA

Sapato do Papa Bento XVI foi alvo de polêmica
Saiba quem fabrica calçado:

Acessório já foi identificado como Prada, mas é feito por sapateiro peruano.
Revista classificou peça como 'fashion' em lista; Vaticano protestou.



Na última terça-feira (25), o Vaticano informou que o Papa Bento XVI, ao deixar a liderança da Igreja Católica, não só passará a ser chamado de Papa Emérito como também terá de modificar suas vestimentas -- entre elas, os famosos sapatos vermelhos, chamados de múleo, que serão substituídos por pares comuns de calçados.

Mais famosos ainda depois de serem identificados em publicações internacionais como calçados produzidos pela marca italiana Prada. Em uma lista, em 2007, a revista americana “Esquire” apontou o Papa Bento XVI como um dos 23 homens mais bem vestidos do mundo. Num grupo à parte, foi eleito o "melhor portador de acessórios" -- os sapatos "Prada". Um ano depois, o jornal oficial do Vaticano negou a história da origem dos calçados, chamando-a de "frívola".

Um artigo publicado no “L'Osservatore Romano" explicava, à época, que os sapatos do Papa, assim como sua coleção de chapéus chamados de “extravagantes”, não têm nada a ver com vaidade, mas sim com tradição. "Resumindo, o Papa não veste Prada, mas Cristo", dizia o texto, sem especificar onde os sapatos eram produzidos.
O peruano Antonio Arellano, de 43 anos, fabrica o sapato vermelho de Bento XVI (Foto: Tony Gentile/Reuters)

Peruano fabrica sapato papal
De acordo com a agência de notícias Reuters, os sapatos utilizados por Bento XVI são feitos à mão pelo sapateiro peruano Antonio Arellano, que tem uma loja instalada em uma rua estreita próximo à Praça de São Pedro, na fronteira entre o Vaticano e a Itália (um limite entre os dois países quase que imperceptível para os turistas).

O imigrante peruano de 43 anos, que vive na Itália há 20 anos, “conquistou o direito” de fabricar o sapato papal ao prestar serviços para o então cardeal Joseph Ratzinger, que recorreu à loja de Arellano, anos antes de ser escolhido pelo conclave de 2005 que o escolheu Papa, para consertar outro par de calçados. 

Satisfeito com o trabalho, Ratzinger, já eleito Papa Bento XVI, ordenou então que seus calçados seriam produzidos por Arellano, que tem na memória as medidas do Papa – o tamanho do calçado é 42 – e foi capaz de fazer os exemplares distintos, da cor vermelha.
Arellano atendeu pedido de cardeal Ratzinger e conquistou a confiança do futuro Papa Bento XVi (Foto: Tony Gentile/Reuters)

Os sapatos de couro vermelho foram parte do vestuário dos pontífices durante pelo menos dois séculos, mas o fato de Bento XVI usar sotainas (uma espécie de bata) um pouco mais curtas que alguns de seus antecessores torna mais visível seu calçado.

Ele disse à Reuters que se sente feliz quando vê o papa utilizando um sapato feito por ele. Mas agora, com a saída do pontífice da liderança da Igreja Católica, Arellano está na expectativa de permanecer com o cliente, mesmo sabendo que seu cliente não poderá receber visitar após se retirar da vida pública.

Depois da cerimônia, aconteceu uma breve audiência na Sala Clementina, com algumas personalidades e autoridades para o tradicional "beija-mão", em que o Papa é cumprimentado.

Quinta-feira, último dia
Na quinta (28), Bento XVI deixará o posto, em um acontecimento sem precedentes na história da Igreja moderna. Na manhã de quinta, no Palácio Papal, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, fará um pequeno discurso de despedida, e então cada cardeal poderá separadamente se despedir do pontífice. A expectativa é de que cerca de cem cardeais participem deste encontro, segundo o Vaticano.

Durante a tarde, no Pátio de Saint-Damase, no coração do pequeno Estado, a Guarda Suíça carregará suas bandeiras em saudação. Em seguida, por volta das 13h (horário de Brasília), Bento XVI irá para o heliporto do Vaticano para viajar a Castel Gandolfo, 25 quilômetros ao sul de Roma, a residência de verão do Papa, onde passará dois meses, antes de se estabelecer em um mosteiro no Monte do Vaticano.

Bento XVI chegará à residência de verão e saudará os fiéis a partir da varanda. Esta será sua última aparição como chefe da Igreja. Nada de especial está previsto quando o relógio badalar oito horas da noite (hora local), momento em que oficialmente termina o pontificado. Ele provavelmente estará em oração na capela neste momento.

Às 20h, o pequeno destacamento da Guarda Suíça, em frente à residência, fechará a porta e colocará assim um fim ao seu serviço, reservado exclusivamente ao Papa. Mas a polícia vai continuar a garantir a segurança de "Sua Santidade, o Papa Emérito". No Vaticano, a Guarda Suíça continuará a fazer a proteção, apesar do "trono vacante".

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Colombiano é escolhido para fazer um dos trajes do novo Papa

Colombiano é escolhido para fazer um dos trajes do novo Papa (Luis Robayo / AFP Photo)



Delgado trabalha em uma das mitras que serão utilizados pelo novo Papa (Foto: Luis Robayo/AFP)




O alfaiate Luis Abel Delgado foi indicado pelo Vaticano.
Colombiano já havia feito roupas para Bento XVI.

O colombiano Luis Abel Delgado foi escolhido pelo Vaticano para fazer uma das vestimentas que serão utilizadas pelo sucessor de Bento XVI.
Delgado, 43 anos, vive em Cali, no departamento de Valle del Cauca, na Colômbia. O alfaiate já havia confeccionado roupas para o Papa Bento XVI e as entregou em mãos durante uma audiência no Vaticano, os vídeos e as fotos da ocasião estão disponíveis em seu site.
Detalhe da mitra preparada pelo colombiano (Foto: Luis Robayo/AFP)

O primeiro traje usado pelo novo Papa é feito em Roma na Itália. A alfaiataria Gammarelli tradicionalmente confecciona a roupa em três tamanhos diferentes, pequeno, médio e grande, para caber em qualquer cardeal que possa ser eleito como o novo pontífice.
O alfaiate colombiano trabalha em sua oficina (Foto: Luis Robayo/AFP)

Como se escolhe um Papa

Entenda como será a sucessão de Bento XVI em uma animação de 90 segundos









Última audiência do Papa

Bento XVI reúne milhares de fiéis para última audiência



Um grande número de fiéis se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, para assistir à última audiência pública do pontificado de Bento XVI, na manhã de hoje, quarta-feira, dia 27.

Ao entrar na Praça, o Papa abençoou a multidão que agitava bandeiras de várias partes do mundo e cartazes com mensagens de apoio como “nós estamos todos do seu lado”. 

O início da audiência foi marcado pela proclamação de um trecho do primeiro capítulo da Carta de São Paulo aos colossenses. Em seguida, o Papa agradeceu a numerosa presença de fiéis (cerca de 200 mil), disse que estava comovido e que via a “Igreja viva”. Agradeceu e disse que “abraçava” toda a Igreja. Prometeu levar a todos por meio da oração. “Neste momento existe em mim muita confiança”, disse o Papa. Lembrou o dia 19 de abril de 2005 quando assumiu o ministério petrino, quando ressoaram as palavras: “Senhor, por que me pede isso?”, mas como considerou a vontade de Deus, aceitou. Bento XVI disse que 8 anos depois pode afirmar que Deus esteve sempre presente e atuante.

O Papa disse que sempre soube que o barco da Igreja não é nosso, mas é de Deus e Ele não vai deixar esse barco afundar. “Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão”, disse o Papa. O dom da fé é o dom mais precioso que temos e que ninguém pode nos tirar, reforçou Bento XVI. Disse também que um Papa nunca está sozinho na condução do ministério petrino. Considerou a ajuda dos cardeais, o secretario de estado e todos da Cúria. “Um pensamento especial à Igreja de Roma, minha diocese”, referiu-se ao povo da diocese afirmando que em seus contatos, esteve muito próximo a todos como pai.

Recordou que, ao perceber a diminuição de suas forças não pensou no seu próprio bem, mas no bem da Igreja. “Amar a Igreja significa também fazer escolhas difíceis”, declarou. Bento XVI lembrou que quem assume o ministério petrino abre mão de sua vida particular, porque não pertence mais a si mesmo: “pertence a todos e todos pertencem a ele”. O Papa garantiu que não volta a uma vida privada com a movimentação normal, mas permanece no ambiente de São Pedro. E, por fim, agradeceu a todos que compreenderam a sua decisão e repetiu que repetiu que continua acompanhando a vida da Igreja.

Bento XVI, no final de sua palavra, pediu a todos que rezem pelos cardeais na escolha do novo Papa. E terminou com uma declaração fraterna e carinhosa: “Caros amigos: Deus guia a sua Igreja”. Seguiu-se um longo aplauso.


 domdamasceno.audiencia

O cardeal Raymundo Damasceno, presidente da CNBB, estava presente na última audiência pública do Papa Bento XVI que reuniu cerca de 200 mil peregrinos na manhã desta quarta-feira, 27 de fevereiro, na Praça de São Pedro.
Apesar do frio, o sol brilhava. Ao entrar na Praça, o Papa fez um giro abençoando a multidão que agitava bandeiras de várias partes do mundo e cartazes com mensagens de apoio como “nós estamos todos do seu lado”. Nesse percurso, dom Georg, o secretário particular, levou várias crianças para que recebesse um beijo do Papa. O veículo chamado “papamóvel”, depois de passar por todos os corredores na Praça, subiu até o centro da plataforma que fica diante da Basílica Patriarcal de São Pedro aonde realizou sua catequese costumeira.
O início da audiência foi marcado pela proclamação de um trecho do primeiro capítulo da Carta de São Paulo aos colossenses. Em seguida, o Papa agradeceu a numerosa presença de fiéis, disse que estava comovido e que via a “Igreja viva”. Agradeceu e disse que “abraçava” toda a Igreja. Prometeu levar a todos por meio da oração. “Neste momento existe em mim muita confiança”, disse o Papa. Lembrou o dia 19 de abril de 2005 quando assumiu o ministério petrino, quando ressoaram as palavras: “Senhor, por que me pede isso?”, mas como considerou a vontade de Deus, aceitou. Bento XVI disse que 8 anos depois pode afirmar que Deus esteve sempre presente e atuante.

O Papa disse que sempre soube que o barco da Igreja não é nosso, mas é de Deus e Ele não vai deixar esse barco afundar. “Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão”, disse o Papa. O dom da fé é o dom mais precioso que temos e que ninguém pode nos tirar, reforçou Bento XVI. Ele disse também que um papa nunca está sozinho na condução do ministério petrino. Considerou a ajuda dos cardeais, o secretario de estado e todos da Cúria. “Um pensamento especial à Igreja de Roma, minha diocese”, referiu-se ao povo da diocese afirmando que em seus contatos, esteve muito próximo a todos como pai.

Expressou gratidão ao Corpo Diplomático da Santa Sé e aos serviços de comunicação que favorecem a comunhão da Igreja no mundo inteiro. “O Papa pertence a todos e muitas pessoas se sentem próximas dele”, sublinhou. Disse que recebe cartas de pessoas ilustres, mas também recebe mensagens de pessoas simples que o tratam como membro de um corpo vivo, o corpo de Jesus Cristo. Num tempo em que muitos falam de declínio da Igreja, ele sente a força da Igreja.

O Papa recordou que ao perceber a diminuição de suas forças não pensou no seu próprio bem, mas no bem da Igreja. “Amar a Igreja significa também fazer escolhas difíceis”, declarou. Bento XVI lembrou que quem assume o ministério petrino abre mão de sua vida particular, porque não pertence mais a si mesmo: “pertence a todos e todos pertencem a ele”. O Papa garantiu que não volta a uma vida privada com a movimentação normal, mas permanece no ambiente de São Pedro. E, por fim, agradeceu a todos que compreenderam a sua decisão e repetiu que repetiu que continua acompanhando a vida da Igreja.

Bento XVI, no final de sua palavra, pediu a todos que rezem pelos cardeais na escolha do novo Papa. E terminou com uma declaração fraterna e carinhosa: “Caros amigos: Deus guia a sua Igreja”. Seguiu-se um longo aplauso.

“Neste momento, existe em mim, muita confiança”, disse o Papa na última audiência pública

Festejo " São Bendito"

Paróquia S. BeneditoFESTEJOS DE SÃO BENEDITO

Na próxima Sexta Feira, dia 01 de Março, iniciaremos os festejos de São Benedito, em nossa Paróquia S. Benedito; convidamos a todos a celebrar conosco.
Santa Missa seguida de Novena: 18h





domingo, 24 de fevereiro de 2013

Missa dia 24 de fevereiro

Hoje às 11:00h e às 18:00h do dia 24 de fevereiro de 2013, compareceram às Igrejas de: N.Sdas Dores milhares de fieis para celebração da santa Missa juntamente com Padre Amadeu Matias, os ministros, coroinhas e o coral da Catedral e a Banda seja o que Deus quer. As missas foram bem animadas pois todos foram envolvidos pelo o grande AMOR de N.S.Jesus Cristo.
Lolo logo vem as fotos!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Papa transfere alta autoridade

Papa transfere alta autoridade do Vaticano para a Colômbia



O Papa Bento XVI transferiu o monsenhor Ettore Balestrero, uma alta autoridade do Secretariado de Estado do Vaticano, para a Colômbia, em meio a especulações da mídia sobre o conteúdo de um suposto relatório confidencial sobre "corrupção e sexo" na Santa Sé.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse nesta sexta-feira (22) que a transferência era estudada havia meses, trata-se de uma "promoção" e não tem nenhuma relação com o relatório, que o Vaticano nega.
saiba mais

Balestreto havia sido nomeado subsecretário do Ministério de Relações Exteriores doVaticano em 2009 e, entre outras tarefas, participava dos esforços para manter o país na lista dos países financeiramente transparentes.

A imprensa tratou a promoção como uma "queda para o alto", destinada a afastar Balestrero do centro do poder vaticano.

fonte: G1
O monsenhor Ettore Balestrero em 18 de julho de 2012 (Foto: AP)
O monsenhor Ettore Balestrero em 18 de julho de 2012 (Foto: AP)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



Celebração do 10º aniversário de Dedicação da Igreja Catedral de N. S. Das Dores



Os lugares da celebração da fé cristã (basílicas, catedrais, igrejas...) começaram a surgir a partir do século IV. As festas da dedicação e consagração de uma igreja ou de um altar, desde seus primórdios até hoje, sempre tiveram e conservam em caráter festivo.

A Igreja Catedral Nossa Senhora das Dores foi inaugurada em 16 de fevereiro de 1867. Mas só foi elevada à categoria de Catedral diocesana em 1901 com a criação pelo Papa Leão XIII, da diocese do Piauí, com sede e Teresina. Em 1952 tornam-se sede metropolitana com a elevação de Teresina a arquidiocese. Em 2003, 102 anos depois da criação da diocese, é que aconteceu a festa da dedicação de catedral. Foi presidida por Dom Celso José, hoje arcebispo emérito.

No ultimo dia 20 de fevereiro, foi comemorado, numa solene celebração eucarística, às 19 horas, o 10º ano da dedicação da catedral Nossa Senhora das Dores. A missa foi presidida por Dom Jacinto Brito, arcebispo de Teresina, e concelebrada por muitos padres e grande quantidade de fies vindos das muitas paróquias de Teresina.


fonte: Arquidicese de Teresina

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Programação da Escola de formação"Mons. Luis Soares"

Paroquia N.S.das Dores - Curso sobre o catecismo da Igreja católica 2013
Março
06 -03:  apresentação geral do C.I.C
09 e 10 -03: formação da forania sul I
13 -03:  apresentação geral do C.I.C 
20-03  profissão de fé I
27-03 não haverá - SEMANA SANTA

ABRIL
03-04  profissão de fé II
10-04  profissão de fé III
13 e 14-04  formação da forania sul I
17-04   profissão de fé IV
24-04   o mistério pascal no tempo da Igreja

MAIO
01-05  feriado
08-05  a celebração Sacramental do Mistério Pascal
15-05  o batismo
22-05  a confirmação
29-05  a Eucaristia I

JUNHO
05-06  Eucaristia II
12-06  Missa parte por parte
15 e 16- 06  formação da forania sul I
10-06   reconciliação
26-06   unção dos enfermos

JULHO
Recesso para as férias

AGOSTO
07-08  ORDEM
14-08   matrimonio
21-08   os sacramentos
28-08   dignidade da pessoa humana

SETEMBRO
04-09  a comunidade humana
11-09  não haverá - festejos de Nossa Senhora das Dores
18-09  a salvação de DEUS  a lei e a graça
21 e 22 - 09  formação da forania sul I
25-09   graça e justificação

OUTUBRO
02- 10   os mandamentos I
09-10   os mandamentos .II
16-10    os mandamentos III
19 e 20-10   formação da forania sul I
13-10   a oração na vida cristã
30-10   a tradição da oração

NOVEMBRO
06-11  O caminho da oração
13-11   Guias para a oração
20-11  A vida de oração
27-11  O Pai Nosso - Encerramento

Ho rário:sempre `às 19:00:h no Centro Paroquial ..

Aviso - Reunião

Reunião com os setores missionários
Pauta: Planejamento dos encontros quaresmais
Data: 28- 02- 2013
Horário: 18:00h
Local: casa Paroquial 

Reunião do Conselho Paroquial
Dia 19- 03-2013
Local: Casa Paroquial
Horário: 19:00h

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Centro Paroquial de N.S.das Dores

Centro Paroquial fica enriquecido
Hoje às 10:00hs o Centro Paroquial ficou enriquecido pelos fieis para participarem da missa das 11:00h
A banda  Seja o que  Deus quiser, juntamente com os catequistas receberam os fieis e os catequizandos para a abertura da catequese de crianças, jovens e adultos de 2013 com muita animação. Em sequida foi servido lanche.
A santa missa foi celebrada pelo Mons. Amadeu Matias, os ministros, os coroinhas, os fieis e a Banda.
Veja programação:
07:00hs    ensaio da Banda
08:00hs    animação com a Banda Seja o que Deus quiser - e o lanche
09:00hs    Catequese de criança, jovens e adulto
10:20hs    recreação
11:00hs    Santa Missa  
OBS.: A catequese termina com a missa onde pais, filhos (catequisandos) e catequistas unem- se para a grande missão amar Cristo.

Notícias- O Papa não mudou o tom de voz

Edição do dia 17/02/2013

17/02/2013 22h19 - Atualizado em 17/02/2013 23h37

'O Papa não mudou o tom de voz', diz cardeal brasileiro que ouviu renúncia Segundo Dom João Braz de Aviz, um dos 117 cardeais que podem se tornar Papa no próximo conclave, decisão de Bento XVI foi uma grande surpresa.
Uma segunda-feira que tinha tudo para ser banal, sem qualquer indício de que algo extraordinário poderia acontecer.

Sentada na sala de imprensa, ao lado da Praça São Pedro, no Vaticano, a jornalista italiana Giovanna Chirri, pelo monitor, acompanhava uma cerimônia de rotina do Papa Bento XVI com alguns cardeais.
A repórter da agência de notícias ANSA teve um sobressalto quando a reunião acabou e Bento XVI tomou a palavra em latim. Ela, que estudou a língua, entendeu o que o Papa dizia e deu um dos maiores furos do século, ou dos últimos 700 anos.

“O Papa disse que faria um anúncio importante para o futuro da Igreja, que estava ficando muito velho para governar. Fiquei aterrorizada”, conta.
Bento XVI anunciou a sua renúncia, justificando não possuir mais o vigor físico e espiritual para governar a Igreja.
“Ciente da seriedade desse ato, com total liberdade eu declaro que eu renuncio ao ministério de Bispo de Roma confiado a mim pelos cardeais em 19 de abril de 2005. Em 8 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a Sé de São Pedro estará vaga e um conclave para eleger o novo Pontífice Supremo precisará ser convocado”.

Foi assim que Bento XVI anunciou que deixará de ser Papa. “Fiquei muito nervosa, tentei confirmar quando o Papa acabou de falar. Então o Cardeal Angelo Sodano disse que a notícia tinha a força de um raio em um céu claro. Eu estava sentada e as minhas pernas tremiam. Era a demissão de um Papa. Depois que escrevi comecei a soluçar”, conta.

Na sala com Bento XVI estava o cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz. “Eu perguntei: ‘O Papa está se demitindo’? O Papa não mudou nem o tom de voz, nem ergueu os olhos. Realmente foi uma surpresa muito grande pra nós, para todos que estavam ali. Realmente uma novidade que a gente não via há muito tempo”, relata.

Os motivos que teriam levado o Papa Bento XVI a anunciar a sua renúncia, foram discutidos durante toda a semana. Além do cansaço físico, desânimo, intrigas e denúncias de pedofilia na igreja abalaram o Papa. Casos de padres que abusaram de crianças e demoraram para ser julgados pelo Vaticano foram um golpe muito duro.

“A importância de Bento XVI na luta contra a pedofilia é a sua posição muito clara: não se pode mais tolerar a pedofilia. Os padres culpados devem ir para justiça comum. O que faltou fazer? Um decreto que obrigasse os bispos a denunciar os padres pedófilos”, afirma Marco Politi.

No pontificado de quase oito anos, outro escândalo o abalou profundamente. Em maio do ano passado, o jornalista e escritor Gianluigi Nuzzi publicou um livro que chocou a Santa Sé. “Sua santidade” apresentava documentos secretos do Papa, que expuseram cardeais e bispos, principalmente o secretário de Estado, Tarciso Bertone, o segundo posto mais alto do Vaticano.

Para responder à pergunta: quem roubou as cartas de Bento XVI, a polícia vaticana entrou em ação. Como em toda boa história de suspense, o culpado era o mordomo. Paolo Gabriele, que cuidava do apartamento papal, foi preso e confessou. E declarou que a sua intenção era a de proteger o Papa. Mas o mandante, se existe, nunca foi descoberto.

O caso do mordomo ficou conhecido como Vatileaks. Paolo Gabriele foi libertado e perdoado por Bento XVI. “Foi uma questão chata, porque alguém da intimidade, do dia a dia do Papa, com uma atitude que não tem muito a que ver com o que ele fazia. Não se pode pensar em um homem que age assim tão perto do Papa”, afirma Dom João Braz de Aviz.

Em entrevista do ano passado, o escritor contou que os documentos revelavam duras críticas e ataques a Bertone, que vinham de dentro e de fora da Cúria, de autoridades que escreveram ao Papa denunciando atos do secretário de Estado.

Entre as cartas, estava a do então presidente do Banco do Vaticano, Gotti Tedeschi, que teria confessado a Bento XVI o temor de sofrer perseguições por querer mais transparência para o banco.

Em 2010, o Banco do Vaticano foi investigado por lavagem de dinheiro. O então presidente, Gotti Tedeschi, foi demitido pelo Cardeal Bertone há nove meses. O cargo ficou vago até dois dias atrás, quando foi nomeado o alemão Ernest Von Freyberg, presidente de um estaleiro de navios de luxo e integrante de um consórcio que produz navios de guerra.

“Isso não é um bom sinal porque teria sido melhor que a escolha fosse feita pelo novo Papa, com a sua estratégia e com transparência”, afirma Marco Politi.

Vaticanistas apontam a existência de duas facções dentro da cúpula da Igreja. Uma liderada por Tarciso Bertone e outra, pelo ex-secretário de Estado, Angelo Sodano, supondo uma guerra de poder entre elas.

Na missa da quarta-feira de cinzas, o Papa lembrou que Jesus denunciou a hipocrisia religiosa. Para por um fim a uma rivalidade que, segundo Bento XVI deturpa a igreja, ele poderia ter preferido a renúncia para que a Igreja possa recomeçar uma nova estratégia, das cinzas da quaresma, e um novo Papa possa ser eleito até a Páscoa, tempo de ressurreição.

A grande reforma de Bento XVI foi a sua demissão, ter mostrado que o pontificado pode acabar sem a morte de um Papa. Isso completa a reforma de Paulo VI, que queria rejuvenescer a Igreja, e decidiu que os bispos se retirassem aos 75 anos, porque antes ficavam até a sua morte, e que os cardeais não entrassem em conclave depois dos 80 anos.

E que futuro deverá construir para a Igreja o novo Papa? “Tem muitas questões graves que devem ser enfrentadas: a falta de padres, o divórcio, os homossexuais, as relações com as outras igrejas cristãs do mundo. Não sabemos ainda se o conclave terá uma maioria reformista. O certo é que a ala conservadora não vai conseguir impor o seu candidato. Portanto, será um candidato de centro”, afirma Marco Politi.

“Dia 28 acaba a minha missão. Como acaba a de qualquer cardeal. Vou ficar sem emprego, mas eu depois vou para o conclave. Nesse período a gente não tem mais autoridade. Eu sou uma das 117 possibilidades. Mas são 117”, brinca Dom João Braz de Aviz.

Nota: O vídeo desta reportagem não pode ser exibido por questões contratuais.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Noticias sobre o Papa Bento XVI

16 de Fevereiro de 2013•13h33

Igreja Católica inicia nova fase após renúncia do papa Bento XVI



O papa Bento XVI anunciou que renunciará ao cargo Foto:  Alessandro Bianchi / Reuters
foto: Alessandro Bianchi - Reuters


A Igreja Católica Apostólica Romana inicia uma nova etapa no dia 28 deste mês, quando o papa Bento XVI, 85 anos, renuncia ao pontificado. Segundo o professor de direito canônico Paulo Bosco, da Universidade Católica de Brasília (UCB), há uma necessidade latente de renovação na Igreja, mas ocorre em meio a uma série de expectativas sobre o sucessor de Bento XVI. Segundo o professor, o próximo papa deve ser, sobretudo, um "agregador".

"É uma nova etapa da Igreja que se inicia sob o ponto de vista da esperança, pois há uma necessidade de renovação", disse Bosco à Agência Brasil. "O papa é o sucessor de São Pedro, aquele que deve saber lidar com a diversidade e ser agregador. Deve ter também o poder de congregar", ressaltou.

O processo de escolha do novo papa começa imediatamente após a renúncia. O padre jesuíta Luís Corrêa Lima, professor da Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), explicou que essa fase inicial é chamada de período de conversas prévias. Pela legislação que rege a eleição, há um prazo de 15 dias para esperar pelos ausentes até que comece o conclave, o que deve ocorrer de 15 a 20 de março.
Papa diz que deixa posto "pelo bem da Igreja"

O conclave - expressão que vem do latim e significa "com chave" - reúne os cardeais que têm menos de 80 anos. No total, são 209 cardeais, mas apenas 117 votarão no conclave. O processo de escolha começa com um juramento de segredo absoluto sobre todos os procedimentos. Dos eleitores, 50 foram nomeados por João Paulo II e 67 por Bento XVI.
No conclave, estarão representados os cinco continentes: Europa, com 61 cardeais; América Latina, com 19; América do Norte, com 14; África, com 11; Ásia, com 11; e Oceania, com um. Os países que têm mais cardeais eleitores são a Itália, com 28, os Estados Unidos, com 11, a Alemanha, com seis, o Brasil, a Espanha e a Índia, com cinco cada um.

Corrêa Lima lembra que, durante o conclave, os cardeais ficam isolados e que a votação ocorre também de maneira sigilosa. No momento de votar - em um pequeno pedaço de papel retangular no qual está a frase Eligo in Summum Pontificem (Elejo como Sumo Pontífice) -, o cardeal deve escrever na parte inferior, procurando disfarçar a letra, o nome do seu candidato.

A cédula de votação é dobrada duas vezes e levada para o altar. Todo o processo segue um rito. A cédula é depositada no altar no qual está uma urna em que cada cardeal pronunciará:

"invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito".
Se não houver consenso, haverá votações de manhã e à tarde. Caso não haja acordo depois de três dias, estabelece-se prazo de 24 horas de interrupção para oração. O período de um dia é chamado de reflexão espiritual. Em seguida, são retomadas as votações. Sem êxito, após um período máximo de nove dias, os cardeais eleitores serão convidados a dar sua opinião sobre o modo de proceder em busca de consenso
Fonte: http://noticias.terra.com.br/

Campanha da Fraternidade 2013



Arquidiocese de Teresina lança a Campanha da Fraternidade 2013
 


A Arquidiocese de Teresina lançou nesta quinta-feira (14), às 8h30, a Campanha da Fraternidade 2013, que traz o tema "Fraternidade e Juventude" e o lema "Eis-me aqui, envia-me!". O lançamento aconteceu no Palácio Episcopal, localizado na Avenida Frei Serafim.


A Campanha da Fraternidade, que está na sua 50ª edição, é realizada todos os anos e seu principal objetivo é despertar a solidariedade das pessoas em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções.
"Essa é uma campanha que não é só da igreja, mas de todo o povo. É importante a participação de todos nas ações que acompanham a Campanha da Fraternidade durante todo o ano", disse o arcebispo Dom Jacinto Brito.

Em 2013, a Campanha vai refletir sobre a acolhida aos jovens no contexto de mudanças de época, proporcionando caminhos para o seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

Durante o evento o padre Tony Batista antecipou o tema da Caminha da Fraternidade que este ano será "A gente bota fé na juventude".

fonte: Arquidiocese de Teresina



SÁBADO aconteceu a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2013


Neste sábado, 16 de fevereiro, às 16h, no Complexo da Ponte Estaiada, aconteceu o lançamento da Campanha da Fraternidade/2013 para toda sociedade, cujo tema é Fraternidade e Juventude e o Lema: Eis-me aqui, envia-me! (Is 6,8). Será uma oportunidade de reflexão da realidade dos jovens no atual contexto histórico. Em sintonia com o ano da fé, essa campanha suscita o espírito fraterno e comunitário, convoca a todos a serem solidários com os jovens, sendo ponte para que estes se compreendam como força transformadora dos novos tempos.

O evento de abertura e lançamento oficial da CF-2013 contaou com a presença do arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, do clero de Teresina, de membros de entidades juvenis, das paróquias e da comissão organizadora da Campanha da Fraternidade. A programação do lançamento contou com uma celebração, depoimentos e apresentações culturais.

A CF 2013 pretende acolher os jovens no contexto de mudanças de época, proporcionando caminhos para o seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivencia eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

INFORMAÇÕES:


EQUIPE DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE


Pe. Leonildo – 9422-6875 / 9838-6979 / 3218-6712


Alice – 9405-7026 / 3213-2746


Dulce – 8869-6548 / 9934-2421 / 3224-2830
Teresinha – 8876-6004 / 9921-3207/ 3236-3845

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Noticias- Padres aplaudem o Papa Bento XVI

Padres aplaudem o Papa Bento XVI em 14 de fevereiro, 2013, no Vaticano

foto Gabriel Bouys-aspPadres aplaudem o Papa Bento XVI em 14 de fevereiro, 2013, no Vaticano


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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Perguntas e respostas sobre a renúncia do Papa Bento XVI


13/02/2013 14h49 - Atualizado em 13/02/2013 17h23

Leia perguntas e respostas sobre a renúncia do Papa Bento XVI 


O anúncio feito pelo Papa Bento XVI de que ele deixará o comando da Igreja Católica no dia 28 de fevereiro causou espanto em todo o mundo e gerou diversas dúvidas sobre a sucessão e a situação da Igreja enquanto um novo papa não é eleito.

A renúncia é permitida?

A renúncia de um Papa está prevista no Código de Direito Canônico, no artigo 332.2, que estabelece que, para ter validade, é preciso que seja de livre e espontânea vontade e não precisa ser aceita por ninguém. Segundo o código, uma vez tendo renunciado, o Papa não pode mais voltar atrás.

Algum outro Papa já havia renunciado?
Sim, já houve outras renúncias na história da Igreja Católica, assim como papas que deixaram o posto por terem sido depostos por imperadores. O último pontífice a renunciar por vontade própria foi Celestino V, em 1294, após apenas cinco meses de pontificado. Gregório XII abdicou a contragosto em 1415 para encerrar uma disputa com um candidato rival à Santa Sé. Outros papas que renunciaram são Ponciano, em 235; Silvério, em 537; João XVIII, em 1009; e Bento IX, em 1045.

Por que o Papa renunciou?
Bento XVI afirmou em comunicado que vai deixar a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana devido à idade avançada – ele tem 85 anos – e por "não ter mais forças" para exercer as obrigações do cargo. Nos últimos meses, o Papa parecia cada vez mais frágil em suas aparições públicas, muitas vezes precisando de ajuda para caminhar. O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo, mas informou após o anúncio da renúncia que o Papa está usando um marcapasso cardíaco "há algum tempo".



O Papa Bento XVI lê nesta segunda-feira (11) o anúncio de sua renúncia, durante reunião de cardeais no Vaticano. A imagem foi divulgada pelo jornal ' L'Osservatore Romano', do Vaticano (Foto: AP)


O Papa Bento XVI lê nesta segunda-feira (11) o anúncio de sua renúncia, durante reunião de cardeais no Vaticano. A imagem foi divulgada pelo jornal ' L'Osservatore Romano', do Vaticano (Foto: AP)


Houve pressão para que o Papa renunciasse?

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que a decisão de renunciar foi tomada por Bento XVI sem pressão externa. Entretanto, durante seu pontificado, o Papa enfrentou uma crise por conta de vários escândalos de abuso sexual de crianças que abalaram a Igreja, além do escândalo do VatiLeaks, envolvendo o vazamento de documentos secretos do Vaticano por meio de seu mordomo pessoal. Especialistas dizem que o pontífice pode ter enfrentado pressão para deixar o cargo devido aos escândalos e também à sua idade avançada. Há correntes dentro da Igreja que defendem que o Papa deve ser mais jovem, para conseguir acompanhar as transformações do mundo e ter um pontificado mais longo.

O que acontece a partir do dia 28 de fevereiro?

Bento XVI deixará o comando da Igreja às 17h (no horário de Roma) do dia 28 de fevereiro. A partir deste horário, começa o período de Sé Vacante (tempo que transcorre entre o momento em que um papa morre ou renuncia até a escolha do sucessor). O Conclave (reunião de cardeais de todo o mundo a portas fechadas para escolher o novo papa) deve começar a partir do dia 15 de março, uma sexta-feira. Durante a Sé Vacante, os assuntos da igreja ficam sob a responsabilidade do Cardeal Decano, ou Camerlengo, responsável por convocar o Conclave. O atual Camerlengo é o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone.

O que Bento XVI fará depois de 28 de fevereiro?

Segundo o Vaticano, Bento XVI seguirá de helicóptero para a residência papal de verão, Castelgandolfo, a cerca de 30 quilômetros ao sul de Roma. Enquanto estiver na residência de verão, o mosteiro Mater Ecclesiae, localizado no Vaticano, será reformado para receber Bento XVI. O mosteiro - o único que existe dentro do Vaticano - foi construído em 1992, sob instruções do Papa João Paulo II, que queria criar um espaço para aqueles que dedicam sua vida à contemplação. O porta-voz do Vaticano disse não acreditar que Bento XVI irá viver recluso, e afirmou que o atual Papa não terá nenhuma função na administração da Igreja nem irá influenciar na escolha do novo pontífice.

Como o Papa Bento XVI será chamado após sua renúncia?

Ainda há dúvidas sobre como Bento XVI será chamado após deixar o comando da Igreja Católica. O último Papa a renunciar, Gregório XII, continuou sendo chamado de Gregório até sua morte. Joseph Ratzinger continuará sendo bispo, já que a ordenação como bispo é um sacramento, que não é retirado. Entretanto, ele não volta automaticamente a ser cardeal – ele teria que ser apontado novamente como cardeal por seu sucessor – o que ocorreu com Gregório XII.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, explicou que os protocolos da Igreja para a situação ainda não estão claros, mas que provavelmente Bento XVI terá algum título “emérito”. Greg Burke, consultor de comunicações do Vaticano, disse que um dos prováveis títulos para Bento XVI será “Bispo de Roma Emérito”. Outros representantes do Vaticano acreditam que o título será definido pelo próximo Papa, e que Bento XVI poderá continuar sendo chamado de “Sua Santidade” como uma forma de respeito – assim como ex-presidentes continuam sendo chamados de “presidente”.

Bento XVI continuará sendo considerado infalível após a renúncia?
O dogma da infalibilidade dos papas em questões referentes à fé cristã foi adotado oficialmente pela Igreja Católica em 1870, com sua instituição pelo Concílio Vaticano 1°, durante o papado de Pio IX. Segundo a doutrina católica, o Papa não é perfeito, mas é infalível quando fala ex cathedra, ou seja em exercício como supremo pastor do povo de Deus em questões relacionadas à fé, às doutrinas e ao exercício moral.

Desde o Concílio Vaticano 1°, apenas um pronunciamento ex cathedra foi feito – quando Pio XII declarou a Assunção de Maria como um dogma da Igreja, em 1950 – a crença segundo a qual o corpo e a alma da Virgem Maria foram elevados aos céus logo após sua morte.

Apenas os papas podem fazer pronunciamentos ex cathedra. Bento XVI não realizou nenhum, e perderá esse poder quando deixar o pontificado – por isso, não será considerado infalível.

Por que a eleição de um novo Papa só começa depois de 15 dias?
O prazo de no mínimo 15 dias após a morte ou renúncia de um Papa para o início do Conclave está previsto no Código de Direito Canônico. Ele foi determinado para que os cardeais de todo o mundo tenham tempo de chegar a Roma – os cardeais são orientados a resolver todas as suas possíveis pendências, tanto pessoais quanto relativas à Igreja, antes do início do Conclave, quando ficam incomunicáveis. O prazo máximo para o início da eleição é de 20 dias após o início da Sé Vacante. Após 20 dias, o Conclave é iniciado mesmo que nem todos os cardeais tenham chegado a Roma.

Quem escolhe o novo Papa?

O Papa é escolhido pelos cardeais. Atualmente, há 209 deles, mas apenas os que têm até 80 anos no início do Conclave podem votar e ser eleitos – o que reduz a 117 o número de votantes atualmente. Esse número pode mudar até a data de início do Conclave. Entre eles, 67 foram nomeados por Bento XVI e 50 por seu antecessor, João Paulo II. O número máximo de cardeais eleitores é de 120.

De onde são os cardeais que irão eleger o novo Papa?

A maior parte dos cardeais eleitores é da Europa – 61. A Itália é o país que concentra o maior número de cardeais eleitores – são 21, um terço dos europeus. A América Latina tem 19 eleitores (cinco deles brasileiros). Quatorze cardeais eleitores são da América do Norte, 11 da África, 11 da Ásia e apenas um da Oceania.





Dom Angelo Scola, arcebispo de Milão, em outubro de 2012 (Foto: AFP)


Quais são os nomes apontados como favoritos para ser o novo Papa?

Apesar de especulações desde a eleição de Bento XVI apontarem que já é tempo de a Igreja Católica ter um papa africano ou latino-americano, especialistas acreditam que um italiano é o favorito: Dom Angelo Scola, de 72 anos, arcebispo de Milão, apreciado teólogo e homem do diálogo inter-religioso. Outros cotados são o cardeal-arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, de 73 anos, considerado um “modernista conservador”; o arcebispo de Kinshasa, no Congo, Laurent Monsengwo Pasinya, de 74 anos, que desempenhou um papel de mediação na resolução do conflito em seu país; e o hondurenho Oscar Andrés Maradiaga, 70 anos, cardeal e arcebispo de Tegucigalpa, considerado ortodoxo sobre as doutrinas.



Quais Papas não foram europeus na história recente? (Fábio Silva, internauta)

Não há registro de papas não europeus na história recente. O último foi o São Gregório III, natural da Síria, que foi Papa entre 731 a 741. Antes dele, outro sírio também foi Papa: Constantino I (entre 708 e 715). São Melquíades, natural do norte da África (sua origem precisa é desconhecida) foi Papa entre 311 e 314. O 14º Papa, Vítor I, era natural da Tunísia (quando esta ainda era uma província romana) e foi Papa entre 189 a 199.


O que é preciso para ser eleito Papa?


Oficialmente, não há requisitos básicos para que uma pessoa seja eleita Papa – basta que ela seja católica e ter pleno uso da razão. Entretanto, na prática, o eleito há muitos séculos sempre tem sido um cardeal. Caso o cardeal eleito ainda não seja bispo, ele é ordenado logo após a eleição – já que o papa é o Bispo de Roma. O escolhido precisa ter o voto de dois terços dos cardeais votantes para ser eleito.

É possível ser cardeal sem ser bispo? Como é a hierarquia na Igreja Católica?(Claudius Penna, internauta)


Não é necessário ser bispo para ser nomeado cardeal – por isso, a Constituição Católica determina que se o cardeal eleito como o novo papa ainda não for bispo, receba a ordenação logo após aceitar o cargo, para que possa assumir como Bispo de Roma. Os cardeais são a mais alta hierarquia na Igreja depois do Papa. Já os bispos, considerados os sucessores diretos dos apóstolos de Cristo, são responsáveis por administrar as dioceses.

Quem são os brasileiros que podem virar Papa?


Cinco cardeais brasileiros terão menos de 80 anos na data do conclave e, portanto, podem votar e ser eleitos: o cardeal arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes, de 78 anos; o arcebispo emérito de Salvador Dom Geraldo Majella, de 79 anos; o arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer, de 63 anos; o arcebispo emérito de Brasília João Braz de Aviz, de 66 anos, que é prefeito das congregações dos religiosos em Roma; e o presidente da CNBB e atual arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno, de 76 anos. Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a idade limite os cardeais Dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de São Paulo, dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo Horizonte, e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.

Dom Odilo Scheller, dom João Braz de Aviz, dom Geraldo Majella Agnelo (no alto), dom Cláudio Hummes e dom Raymundo Damasceno têm chances, segundo o bispo (Foto: Arquivo G1)

Dom Odilo Scheller, dom João Braz de Aviz, dom Geraldo Majella Agnelo (no alto), dom Cláudio Hummes e dom Raymundo Damasceno são os brasileiros que podem ser eleitos (Foto: Arquivo G1)


Como acontece o processo de escolha?

Com o início do Conclave, os cardeais seguem em cortejo da Capela Paulina, onde se reúnem inicialmente, até a Sistina, onde ocorrem as votações. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas, e o isolamento é assegurado pelo cardeal Camerlengo no interior, e pelo prefeito da Casa Pontifícia no exterior. Três cardeais assistentes são escolhidos para auxiliar o Camerlengo – eles são trocados a cada três dias.

Os eleitores ficam isolados em celas particulares e se reúnem na Capela Sistina duas vezes por dia para votar – caso não um nome não obtenha dois terços dos votos na primeira votação. Além deles, ficam alojados nos arredores da Capela Sistina apenas o Secretário do Colégio Cardinalício o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, com dois Cerimoniários e dois religiosos adscritos à Sacristia Pontifícia; um eclesiástico escolhido pelo Cardeal Decano ou pelo Cardeal que o substitua, para lhe servir de assistente; além de alguns religiosos de diversas línguas para as confissões, dois médicos para eventuais emergências e pessoas responsáveis pela alimentação e limpeza.

Os cardeais não têm o direito de votar em si mesmo e devem, um de cada vez, prestar juramento de respeito ao voto secreto e de aceitar o resultado. No momento da eleição, ficam na capela apenas os eleitores, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e o eclesiástico escolhido para fazer aos cardeais eleitores a segunda das duas meditações. Eles juram igualmente que aquele entre eles que for eleito não renunciará jamais a reivindicar a plenitude dos direitos de pontífice romano.

Por que os cardeais ficam isolados?

O isolamento ocorre para garantir o segredo da eleição – nem o número de votos que o escolhido recebeu é divulgado – e para permitir as orações e meditações necessárias para a escolha do voto – além de evitar possíveis pressões e influências externas. Durante todo o tempo que durar o Conclave, os cardeais não podem manter qualquer tipo de contato e correspondência com pessoas externas – somente razões gravíssimas e urgentes, comprovadas pela congregação dos cardeais, permitirão tais contatos. Eles também não podem ter acesso a meios de comunicação. As pessoas envolvidas no processo também devem manter o sigilo e estão sujeitas a punições do futuro Papa caso não o cumpram. A exigência de segredo nas votações está estipulada na Constituição Apostólica.

Qual o poder do camerlengo durante o conclave? (Fabio Silva, internauta)

O camerlengo detém a administração da Igreja Católica durante o período de Sé Vacante – entre a morte ou renúncia de um Papa e a escolha de seu sucessor. Ele deve cuidar e administrar os bens e direitos temporais da Santa Sé, com o auxílio de três cardeais assistentes escolhidos à sorte. Por também ser um cardeal, ele participa da eleição do novo papa também como eleitor, desde que tenha menos de 80 anos, e também pode ser votado. Ele é responsável por garantir o sigilo dentro da Capela Sistina durante as votações, impedindo comunicações e vazamento de informações, deve recolher as anotações dos cardeais e se certificar de que os votos foram queimados e elaborar um relatório com os resultados das votações. Além disso, é perante o camerlengo que os cardeais fazem seus juramentos antes do processo eleitoral.

É permitida a realização de acordos, promessas ou pactos antes da eleição?

Segundo a Constituição Apostólica, os cardeais eleitores são proibidos de realizar qualquer tipo de acordo visando benefícios ou promessas de realizações pela eleição de um ou outro candidato. Promessas eventualmente feitas serão consideradas nulas e os autores podem ser excomungados. Entretanto, a troca de ideias sobre a eleição antes do Conclave não é proibida. Também está vetada a influência externa – os eleitores não podem receber recomendações ou vetos de autoridades civis ou religiosas. O código também recomenda que os cardeais não se deixem guiar por simpatia ou aversão aos candidatos como fator de influência na escolha do papa.

Como são dados os votos?

Os votos são escritos pelos cardeais em fichas distribuídas no início da votação – cada cardeal eleitor recebe duas ou três. São eleitos à sorte entre os votantes três escrutinadores, três responsáveis por recolher os votos dos doentes e três revisores.

O nome do escolhido deve ser escrito nas fichas de maneira secreta e com uma caligrafia diferente da habitual, para evitar a identificação dos votos. Elas devem ser dobradas duas vezes. Cada cardeal leva seu voto de maneira visível até a urna e o deposita, antes realizando um juramento. Os cardeais doentes que estiverem instalados no Vaticano e impossibilitados de participar do Conclave na Capela Sistina terão seus votos recolhidos por cardeais designados no início da votação.

Os eleitores não podem revelar a qualquer outra pessoa notícias sobre a votação e seu próprio voto, nem antes, durante ou depois do processo.
Urnas nas quais vão ser colocados os votos dos cardeais na escolha do próximo Papa (Foto: Reuters/Osservatore Romano)Urnas nas quais vão ser colocados os votos dos cardeais na escolha do próximo Papa (Foto: Reuters/Osservatore Romano)

Como os votos são computados?
Após o depósito de todas as fichas, a urna é aberta e é feita a contagem dos votos. Se o número for diferente do de presentes as fichas são queimadas e a eleição reiniciada. Caso tudo esteja certo, começa a contagem. Os três escrutinadores sorteados no início são os responsáveis pela apuração. O primeiro e o segundo observam o nome na ficha, e o terceiro, certificando-se de que o nome está correto, o lê em voz alta. Todos os eleitores anotam o nome em uma folha apropriada. Cada uma das fichas de voto é furada com uma agulha e inserida em um fio, para que elas sejam conservadas de forma segura.

Após a leitura de todos os votos, há a soma dos votos. Caso um dos nomes consiga dois terços dos votos, o Papa está eleito. Caso contrário, é feita uma nova votação. Em ambos os casos, todas as anotações são recolhidas e verificadas.

Logo após a revisão, as fichas são queimadas pelos escrutinadores. Caso não haja um consenso e seja necessária uma segunda votação, as fichas da primeira são guardadas e queimadas apenas no final, junto com as do processo seguinte.



Quanto tempo pode durar o processo de escolha?

Caso o nome mais votado não consiga dois terços dos votos, a eleição pode se estender por vários dias. No primeiro dia, está prevista apenas uma votação. Nos seguintes, devem ser realizadas duas pela manhã e duas durante a tarde. Após três dias sem decisão, deverá ser feita uma pausa de um dia para oração e reflexões entre os cardeais. A pausa é seguida por sete votações. Caso não haja resultado, deve ocorrer um novo dia de pausa. A sequência pode ocorrer por mais três vezes. Se ainda assim não houver um eleito, os cardeais devem decidir como proceder – pela eleição por maioria absoluta ou votação apenas nos dois nomes com mais votos, elegendo-se também o que obtiver maioria absoluta. Será adotado o que a maior parte dos cardeais decidir.

Como é feito o anúncio de que um novo Papa foi escolhido?

Quando a escolha finalmente ocorre, o cardeal mais antigo pergunta ao mais votado se ele aceita o cargo. Ao responder “aceito”, o cardeal passa a ser o novo papa. Em seguida, ele informa por qual nome passará a ser chamado. Caso o eleito já seja bispo, é imediatamente apontado como Bispo de Roma, assumindo o poder sobre a Igreja. Se não for, é ordenado na hora.

As cédulas são queimadas, e a tradição indica que os cardeais devem usar palha seca ou úmida para que a fumaça seja preta (se não foi escolhido o Papa) ou branca (se a votação deu como resultado a eleição do novo pontífice). Quando a fumaça é branca, o público na Praça São Pedro sabe que o novo pontífice foi escolhido. Após uma cerimônia solene entre os cardeais, o novo papa costuma aparecer ao público, como fez Bento XVI ao ser eleito em 2005.

Freiras oram na Basílica de São Pedro, no Vaticano, na manhã desta terça-feira (12) (Foto: Alessandra Tarantino/AP)

Como é escolhido o nome dos Papas? (Julio Brondani, internauta)

A tradição de adotar um novo nome ao ser nomeado Papa foi iniciada por Jesus Cristo, que mudou o nome do pescador Simão para Pedro, o primeiro Bispo de Roma. Cada Papa é responsável por escolher o nome que adotará durante o pontificado – ele deve apontar o nome logo após aceitar a eleição. A escolha é uma forma de homenagear os antigos papas e também indica a linha de administração do novo pontífice. O nome escolhido normalmente aponta que o novo papa se identifica com as doutrinas e realizações dos outros papas que tiveram o mesmo nome.

Quais as funções do Papa?

O Papa é o bispo de Roma, chefe de estado da cidade do Vaticano e líder mundial da Igreja Católica. Seu cargo é vitalício, e sua autoridade descende diretamente de Jesus Cristo. Entre suas funções e deveres está manter integridade e fidelidade do deposito da fé; se dedicar à expansão do catolicismo e da fé cristã pelo mundo; nomear cardeais e eleger bispos; canonizar santos e criar dioceses; intervir em questões administrativas do Vaticano e da Igreja Católica em todo o mundo; trabalhar pelo diálogo inter-religioso e pela defesa dos direitos-humanos. 


Quais os principais desafios do próximo Papa? 


Historicamente, pedidos de renúncia de papas foram seguidos por momentos de cisão na Igreja Católica, enfrentados com dificuldade por seus sucessores. Por enquanto, essa tendência não é vista agora. Entretanto, o novo pontífice segue com os desafios enfrentados por Bento XVI – a perda de fiéis para outras doutrinas, principalmente em países do Terceiro Mundo; os escândalos de pedofilia espalhados por diversos países; a dicotomia entre o avanço da sociedade moderna e posições doutrinárias da Igreja, como o uso de contraceptivos, camisinha, aborto, celibato ou casamento homossexual. Conciliar a disputa entre correntes conservadoras e outras de pensamento mais liberal também é um desafio ao novo pontífice.Estabelecer contato com os mais jovens e conseguir se aproximar deles, principalmente com o uso de tecnologias, também será essencial ao novo pontífice. 


O que acontecerá com a Jornada Mundial da Juventude, marcada de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro? 

A jornada acontecerá normalmente, segundo a arquidiocese do Rio. Bento XVI havia confirmado sua presença como representante do Vaticano no encontro no Brasil. Segundo o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, ébastante provável que o novo Papa compareça ao evento. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse acreditar que a primeira viagem internacional do novo Papa seja ao Rio de Janeiro para o encontro.